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"É des-velar a história, viu, menino?
Tirar o véu que cobre, de mentiras,
a história que você, menina, aprende ainda hoje na TV,
na escola, nos discursos que jogam lá do alto
do poder e do lucro...
É des-velar a história
e revelar a vida...."
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Os Sem Terra do Brasil, em pleno gozo de seus direitos de consciência, no dia em que, Dom Pedro Casaldáliga completa 80 anos de idade, declaram que:
Dom Pedro Casaldáliga, por ter sido o fundador da Comissão Pastoral da Terra é o Bispo criador do MST.
A ele atribuímos a responsabilidade histórica de ter
retomado, de forma organizada, a luta pela reforma agrária no Brasil.
Ele é o responsável por ter-nos tornado, através da luta, verdadeiramente humanos, seres dignos e praticantes de valores e gestos altamente perigosos para o sistema de exploração econômica, política, social e cultural da sociedade.
Por seu intermédio reproduzimos a maldição de que as
cercas são malditas e, por esta razão, nos propomos a eliminar esta maldição da terra.
Os seus ensinamentos são de elevado conteúdo profético e devem ser repetidos, nas escolas, igrejas, sindicatos, movimentos e demais espaços, onde a ética e a moral precisem de ajustes.
Os seus exemplos de vida, conduta moral e desapego de caprichos mundanos, são referências fundamentais para a formação do caráter de nossa juventude.
A sua poesia é verdadeira arte, extraída da vida cotidiana, por isto, deve ser lida por quem queira se iniciar neste ofício e tida como referência de estilo, conteúdo e forma.
O seu estilo de vida é uma afronta à moda e ao consumo do mercado capitalista e deve ser divulgado para que sirva de enfrentamento ao egoísmo e ao individualismo na sociedade.
O seu espírito internacionalista é puro e verdadeiro.
Deve ser seguido nesta era da globalização, quando o imperialismo quer implantar o pensamento único.
Sua coerência: histórica, política e moral, em todo tempo, é de elevada qualidade, profética e contestadora, deve ser uma obrigação imitá-la por qualquer ser revolucionário em qualquer parte do mundo.
Brasil, 16 de Fevereiro de 2008
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
.Dom Pedro Casaldáliga
*Leia a declaração no fim desta postagem.
Nédier
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80 anos de Dom Pedro Casaldáliga
Sua firme decisão de estar junto e levar uma vida simples, como seus fiéis, é uma das imagens marcantes de Dom Pedro Casaldáliga, um bispo que representa a coragem de levantar a voz num tempo difícil na política brasileira.
Atravessou a ditadura militar denunciando, rompendo cercas e o silêncio impostos pelos coturnos.
Dentro da Igreja católica, virou um símbolo da renovação pregada pela Teologia da Libertação.
OrigemNascido na Catalunha, Espanha, Dom Pedro Casaldáliga chegou ao Brasil como missionário em 1968. Durante o período da ditadura militar, Dom Pedro foi perseguido pelo governo, que pressionou o Vaticano para que o retirasse da explosiva região do Araguaia, palco de perseguição de guerrilheiros. Os militares, que governaram com mãos de ferro o Brasil, de 1964 a 1985, queriam expulsá-lo do país, alegando que ele era espanhol de nascimento. João Paulo II, então Papa, saiu firme em sua defesa. Disse que se o governo tocasse num fio de cabelo de Dom Pedro estaria tocando na própria carne do Papa. Neste programa, o "Bispo Vermelho", calçado em suas sandálias simples, fala das duas nacionalidades e de seu sentimento arraigado de sentir-se sobretudo latino-americano.
Projetos
OrigemNascido na Catalunha, Espanha, Dom Pedro Casaldáliga chegou ao Brasil como missionário em 1968. Durante o período da ditadura militar, Dom Pedro foi perseguido pelo governo, que pressionou o Vaticano para que o retirasse da explosiva região do Araguaia, palco de perseguição de guerrilheiros. Os militares, que governaram com mãos de ferro o Brasil, de 1964 a 1985, queriam expulsá-lo do país, alegando que ele era espanhol de nascimento. João Paulo II, então Papa, saiu firme em sua defesa. Disse que se o governo tocasse num fio de cabelo de Dom Pedro estaria tocando na própria carne do Papa. Neste programa, o "Bispo Vermelho", calçado em suas sandálias simples, fala das duas nacionalidades e de seu sentimento arraigado de sentir-se sobretudo latino-americano.
Projetos
Apesar dos problemas da idade, com o mal de Parkinson e pressão alta, Dom Pedro não pára. Em sua casa simples e de portas abertas, como dos cidadãos locais, escreve seus livros, arrisca versos, desfrutando da alegria de passar seus últimos tempos ao lado da gente simples que sempre defendeu. Quase aos 80 anos tem alguns livros em projeto.
De longe, no Araguaia, acompanha atento ao governo Lula, destacando a crítica à política indígena do atual governo. Dá lições com humildade, motiva, cutuca, com sua prática, como seus versos, acima transcritos.
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*DECLARAÇÃO
Os Sem Terra do Brasil, em pleno gozo de seus direitos de consciência, no dia em que, Dom Pedro Casaldáliga completa 80 anos de idade, declaram que:
Dom Pedro Casaldáliga, por ter sido o fundador da Comissão Pastoral da Terra é o Bispo criador do MST.
A ele atribuímos a responsabilidade histórica de ter
retomado, de forma organizada, a luta pela reforma agrária no Brasil.
Ele é o responsável por ter-nos tornado, através da luta, verdadeiramente humanos, seres dignos e praticantes de valores e gestos altamente perigosos para o sistema de exploração econômica, política, social e cultural da sociedade.
Por seu intermédio reproduzimos a maldição de que as
cercas são malditas e, por esta razão, nos propomos a eliminar esta maldição da terra.
Os seus ensinamentos são de elevado conteúdo profético e devem ser repetidos, nas escolas, igrejas, sindicatos, movimentos e demais espaços, onde a ética e a moral precisem de ajustes.
Os seus exemplos de vida, conduta moral e desapego de caprichos mundanos, são referências fundamentais para a formação do caráter de nossa juventude.
A sua poesia é verdadeira arte, extraída da vida cotidiana, por isto, deve ser lida por quem queira se iniciar neste ofício e tida como referência de estilo, conteúdo e forma.
O seu estilo de vida é uma afronta à moda e ao consumo do mercado capitalista e deve ser divulgado para que sirva de enfrentamento ao egoísmo e ao individualismo na sociedade.
O seu espírito internacionalista é puro e verdadeiro.
Deve ser seguido nesta era da globalização, quando o imperialismo quer implantar o pensamento único.
Sua coerência: histórica, política e moral, em todo tempo, é de elevada qualidade, profética e contestadora, deve ser uma obrigação imitá-la por qualquer ser revolucionário em qualquer parte do mundo.
Brasil, 16 de Fevereiro de 2008
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra