Chovem gotas de luar do céu de Curitiba...
Sai até o jardim e com pés descalços pisei
nas poças d´água.
No céu nenhuma estrela.
No céu nenhuma estrela.
Um vento frio trouxe uma fresta na madeira
do meu quarto de criança, que se enrolou
num cobertor de lã.
Não quero Quixotes, nem flores improváveis,
não quero heróis.
Quero a minha mãe sentada à beira de minha cama
afastando todos os meus medos.
Do escuro. Da chuva. Dos trovões.
Do escuro. Da chuva. Dos trovões.
Do Tudo e do Nada.
Das sombras de ninguém.
Das sombras de ninguém.
Eu só quero um momento sem medo
e um pouco de paz.
Nédier
Nédier
Foto: Gertrude Kasebier