sábado, 29 de dezembro de 2007
Ano Novo, teu nome é...
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
POEMAS NOS ÔNIBUS E NOS TRENS - Poema Selecionado
Estou tão orgulhosa em saber que a Rosane Coelho, a minha poetisa preferida, foi selecionada no concurso “Poemas no Ônibus e no Trem 2007", 16ª edição, que nem sei o que escrever.
Vou transcrever, logo abaixo, uma mensagem que ela me mandou a respeito do que sente em relação ao projeto.
“Achei a idéia fantástica: a democratização da poesia.
Não creio em livros de papel: estão fora do alcance da grande massa assalariada: a que me interessa.
Quanto aos que não precisam decidir entre o livro e o pão, dificilmente a opção é pela poesia... Menos ainda se o autor não é conhecido, não apareceu na mídia, não deu entrevista pro caderno literário do O Globo... Junte-se a isso tudo o fato de não me julgar poeta: sou uma aglomeradora de palavras...
Por esses motivos, espalho meus escritos pela NET, sem a menor preocupação de ser copiada. Que bom se for!!!! Não sou proprietária de palavras, nem do fundo nem da forma. Socializo-as.
- Gostou?
Pode levar. É seu. É nosso. É de todos. Tudo é passageiro, como nos ônibus e trens... Versos também o são.
E aí a mágica desse concurso.
Passear pelas ruas de um Estado que não conheço, através de palavras que juntei. Se alguém ler e gostar, terá valido a pena. Se copiar, melhor ainda!
Pesquisando no Google, encontrei referências ao Concurso nos sites que colo abaixo. Acabei descobrindo que são confeccionados adesivos com os versos. Não é o máximo? Tem até a foto que você pediu, que parece ser uma janela de ônibus.”
Rosane Coelho
http://www.transportinho.com.br/modules/AMS/article.php?storyid=20
http://www.overmundo.com.br/guia/o-olhar-passageiro-poemas-no-onibus
- Em seguida, copiando retalhos de notícias, vou tentar explicar o que são os mágicos:
http://www.transportinho.com.br/modules/AMS/article.php?storyid=20
Link dos poemas que vão circular nos ônibus em 2008. http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/default.php?reg=14&p_secao=57
“O Poemas no Ônibus percorre itinerários da capital desde 1992. Ao longo desses quinze anos, passaram pelo crivo dos jurados mais de 30 mil poemas e 10 mil inscritos.
Fernanda Lemos Tatsch
Naura Vieira dos Santos
Rafael Vecchio
Kátia Cornélius
Carlos Newlands
José Eduardo Boeira
Luiz Mauricio Azevedo
Anderson Santos Tiago
Mariana Mota
Ana Felícia Guedes Trindade
Fernando Ernesto Baggio Di Sopra
Márcia Maranhão de Conti
Ricardo Mainieri
Eduardo Cassol Lopes
Julio Felix Garcia Vieira
José Antonio Borba
Felipe Sodré
Athos Ronaldo Miralha da Cunha
Tunai Giorge de Oliveira Leite
Márcia Maia
Mônica Cardoso Manique
José Heber de Souza Aguiar
Lucas Sattler Barroso
Rosane Coelho de Oliveira
Leonardo Schneider
Eliana Quevedo de Lima
José de Sousa Xavier
Carmem Buarque
Ana Luiza Trindade de Melo
Juliano Osterlund
Carlos Alberto de Assis Cavalcanti
Helder Rodrigues
Evandro Marques de Souza Gomes
Pablo Cristiano do Prado Stockel
Merivaldo Pinheiro
Jéssica Francisca de Lima
Angelita Santos da Silva
Paulo Madureira
Israel Augusto Moraes de Castro
Domingos Fábio dos Santos
Enio Costa Hansen
Selma Nanci Feltrin
Joviano Bertoldo Quatrin
Said Lucas de Oliveira Salomón
Adriana Cristina Razia
José Schenkel Weis
Reginaldo Costa de Albuquerque
Elder Boschi da Cruz
Haydée Schlichting Hostin Lima
Michel Teixeira Pereira
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Poema Selecionado
sábado, 22 de dezembro de 2007
Natal, o nascimento de uma criança que nos tornou irmãos
Meus amigos,
Nesta época em que comemoramos o nascimento de uma pobre criança estrangeira que veio trazer ao mundo uma mensagem de Amor e Liberdade, lembremos que somos todos irmãos, não importa a cor, o credo, a ideologia ou a classe social.
Não sejamos hipócritas, porque para comemorar a festa do Natal precisamos nos despir dos preconceitos, amar e respeitar todos os homens, pois foi para nos ensinar esta lição que este menino, cujo nascimento comemoramos, veio ao mundo.
Ele nasceu fora da cidade de seus pais e em uma gruta, porque "não havia lugar para eles na hospedaria" .
Um Feliz Natal a todos,
Nédier
Assista e ouça "No me llames extranjero"/ canção-poema de Rafael Amor
no endereço abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=Mb_qyN-zTgc
- Quero agradecer à poeta e amiga Rosane Coelho por ter me enviado esta linda canção que me inspirou a escrever e postar esta página.
http://www.rosanecoelho.prosaeverso.net/
.Letra:
No me llames extranjero,
No me llames extranjeros
No me llames extranjero,
No me llames extranjero,
No me llames extranjero,
Y me llamas extranjero…
Los amigos que nos nombran
Traemos el mismo grito,
Los que dividen y matan,
No me llames extranjero
No me llames extranjero
No los llames extranjeros,
No me llames extranjero
Ellos no eran extranjeros,
¡¡¡No me llames extranjero!!!
sábado, 15 de dezembro de 2007
"A vida é o minuto" Oscar Niemayer, 100 anos
Meus amigos,
Quero homenagear Oscar Niemayer neste dia em que ele completa 100 anos.
Além de ter convivido e conquistado a amizade de importantes artistas paranaenses da velha guarda, foi ela quem incentivou a criação do Museu Metropolitano de Arte (Muma). Na época, entre 1985 e 1989, o governador Roberto Requião era prefeito de Curitiba e tinha na presidência da Fundação Cultural, Carlos Frederico Marés de Souza, que apoiou o projeto.
Reunindo as qualificações necessárias ao cargo, Maristela Requião foi empossada presidente do Museu Oscar Niemeyer, no dia 4 de junho de 2003, conforme ata da Assembléia de Constituição da Sociedade dos Amigos do MON.
A Sociedade, também sob a presidência dela, é composta pelos conselhos Administrativo, Fiscal e pelas diversas diretorias.
À frente da presidência, coube a Maristela Requião dar efetivamente a alma e a rotina de um museu.
Atualmente, estão em andamento os trabalhos para a instalação do Laboratório de Conservação e Restauro. Enquanto que o acervo, gradativamente, está sendo ampliado com novas aquisições.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Miragem - poesia de Lya Luft
"Para
- minha mãe -
que já não pode ler,
mas que sempre habitará aquela casa
com seu riso e seu perfume:
prova de que
às vezes
o tempo não importa."
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Miragem
ainda não compreendeu o mundo
ainda se busca no espelho
ainda inventa viagens
ainda ri sem motivo
- quando os fantasmas deixam.
Aquela criança, aquela
teve as asas cortadas
e a máscara afivelada
na morte dos seus amores.
Aprendeu que o tempo
- como tudo mais -
é só miragem.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Escola do Teatro Bolshoi no Brasil
Fui assistir a este espetáculo indescritível em companhia de minha filha Ana e de minha neta Clara.
O público curitibano, geralmente discreto, ovacionou toda a apresentação, aplaudindo-a de pé.
Não consigo avaliar o orgulho e a emoção de Marystela Ricciardi e de Anísio Filho, pais de Stephanine Ricciardi, ao vê-la como principal bailarina na apresentação desta suíte baseada na obra homônima de Miguel de Cervantes.
O espetáculo que contou com a presença de 100 bailarinos em cena - marcou a formatura da primeira turma brasileira da famosa escola russa de dança.
Para o bailarino e coreógrafo Vladimir Vasiliev que veio ao Brasil especialmente montar essa coreografia, a encenação de Don Quixote é uma prova definitiva do amadurecimento de uma companhia de dança clássica:
Um pouco sobre Nine
Stephanine Ricciardi Rocha, Nine, a jovem bailarina acreana, começou em Rio Branco, mudou-se para Vitória (ES) e de lá foi aprender mais na Escola de Teatro Bolshoi do Brasil (ETBB) em Joinville (SC).
Antes de chegar ao Bolshoi obteve o primeiro lugar em dança flamenca, no “Passo de Arte”, em Santos. Conseguiu outro primeiro no Enerdança, em Vitória, apresentando uma variação do Balé Esmeralda.
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Algumas fotos tiradas ontem, dia 9 de dezembro, terminado o espetáculo podem ser vistas no endereço abaixo.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
A vitória da derrota
Coluna de Pedro Porfírio/Tribuna da Imprensa de 7/12/07
http://www.tribuna.inf.br/porfirio.asp
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O general Raul Bauduel foi ministro da Defesa de Chávez até julho, quando passou para a reserva. Dizem em Caracas que ele ficou contrariado porque queria a presidência da PDVSA, a estatal do petróleo. Agora aparece como um virtual candidato a governador nas eleições de 2008.
Marisabel Rodrigues, ex-mulher de Chávez,foi usada na campanha do "não". Atualmente, ela está casada com seu ex-treinador de tênis.
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
" - Quantas vezes minha esperança será posta à prova?"
Meus amigos,
Hoje acordei com o "coração aos pulos" ainda custando a acreditar no espetáculo trágico que assisti ontem na TV Senado.
O plenário do Senado absolveu, pela segunda vez, aquele sujeitinho cínico e indecoroso, chamado Renan Calheiros, não cassando o seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
Pensei que já tinha visto e ouvido tudo sobre a indecorosa conduta dos nossos parlamentares mas, não sei se por ingenuidade ou por manter ainda restos de esperança na Justiça, de novo me surpreendi.
Eu, que sempre me orgulhei do meu país, me senti envergonhada de ser brasileira e chorei. É muito triste se sentir tão impotente.
O "Só de Sacanagem", abaixo transcrito, é de autoria da Elisa Lucinda.
A cantora Ana Carolina leu-o em um show que fez com Seu Jorge há dois anos atrás.
A intensidade contida neste texto me deu um ilusório alento. Vou me refugiar nesta ilusão já que não estou conseguindo suportar a realidade.
Nédier
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Só de Sacanagem
Elisa Lucinda
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Meu coração está aos pulos!
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Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
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Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
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Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
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Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
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É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
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Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
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Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!
Dirão:
"Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer:
"Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
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Dirão:
"É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal".
Eu direi:
Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal!
Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Aracy de Carvalho Guimarães Rosa
Uma certa Aracy
Ela era paranaense e foi morar com uma tia na Alemanha, após a sua separação matrimonial.
Por dominar o idioma alemão, o inglês e o francês, fácil lhe foi conseguir uma nomeação para o consulado brasileiro em Hamburgo.
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Acabou sendo encarregada da seção de vistos.
No ano de 1938, entrou em vigor, no Brasil, a célebre circular secreta 1.127, que restringia a entrada de judeus no país.
É aí que se revela o coração humanitário de Aracy.
Ela resolveu ignorar a circular que proibia a concessão de vistos a judeus.
Por sua conta e risco, à revelia das ordens do Itamaraty, continuou a preparar os processos de vistos a judeus.
Como despachava com o cônsul geral, ela colocava os vistos entre a papelada para as assinaturas.
Quantas vidas terá salvo das garras nazistas?
Quantos descendentes de judeus andarão pelo nosso país, na atualidade, desconhecedores de que devem sua vida a essa extraordinária mulher?
Cônsul adjunto à época, seu futuro segundo marido, João Guimarães Rosa, não era responsável pelos vistos.
Mas seu denodo, sua coragem não pararam aí.Na vigência do infausto AI 5, já no Brasil, numa reunião de intelectuais e artistas, ela soube que um compositor era procurado pela ditadura militar.
Com muita coragem, diga-se de passagem. .
Recusou-se a viver da glória de ter sido a mulher de um dos maiores escritores de todos os tempos.
Em verdade, ela tem suas próprias realizações para celebrar.
Hoje, aos 99 anos, pouco se recorda desse passado, cheio de coragem, aventura, determinação, romance, literatura e solidariedade.
Em Israel, no Museu do Holocausto, há uma placa em homenagem a essa excepcional brasileira.
Fica no bosque que tem o nome de Jardim dos justos entre as nações.
O nome dela consta da relação de 18 diplomatas que ajudaram a salvar judeus, durante a Segunda Guerra.
Aracy de Carvalho Guimarães Rosa é a única mulher nesta lista.
Nossas crianças, os cidadãos do Brasil necessitam de tais modelos para os dias que vivemos.
Aracy desafiou o nazismo, o Estado Novo de Getúlio Vargas e a Ditadura Militar dos anos 60.
Uma mulher que merece nossas homenagens.
Uma brasileira de valor.
Uma verdadeira cidadã do mundo.
Uma mulher fascinante, corajosa, moderna, humanista, que lutou contra tudo o que é de mais perverso e castrador, o Nazismo na Alemanha, a Ditadura no Brasil, com raça e destemor, uma mulher que deveria ter seu nome entre os "heróis" dos nossos livros de História, e até mesmo
(por que não?)
figurar como nome de rua ou de escolas, esta mulher quando é lembrada, é citada apenas como a esposa do grande escritor Guimarães Rosa.
Como denominar tal "ato-falho"?
Machismo descarado!
Ou alguém teria outra teoria para esse tão dissimulado esquecimento.
Faço um pedido a homens e mulheres inteligentes e com senso de justiça para divulgar esse fato aos mais novos a fim de que essa história tão bonita não acabe navegando pelo mar da obliteração.
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. Texto inspirado no artigo Uma certa Aracy, um certo João, de René Daniel Decol, publicado na Revista Gol (de bordo), de agosto 2007.
- Recebi de vários amigos o belíssimo pps. intitulado "Uma certa Aracy" e reproduzi-o neste blog "para divulgar esse fato aos mais novos a fim de que essa história tão bonita não acabe navegando pelo mar da obliteração" conforme solicitam os seus autores.
O crédito da montagem do pps. é de:
maricarusocunha@terra.com.br
www.pranos.com.br