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Meus amigos,
Eu conheci Keno e não consigo me conformar.
Olhem sua foto.
Ninguém possui esta expressão de bondade e de pureza se elas não brotarem do coração.
Se Deus quiser, se permitir, eu estarei na inauguração do monumento em sua homenagem dia 14 de novembro próximo.
Nédier
Olhem sua foto.
Ninguém possui esta expressão de bondade e de pureza se elas não brotarem do coração.
Se Deus quiser, se permitir, eu estarei na inauguração do monumento em sua homenagem dia 14 de novembro próximo.
Nédier
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Transnacionais e Violência no campo: assassinato de Keno completa hoje dois anos
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Há exatos dois anos, o trabalhador rural Valmir Mota de Oliveira, o Keno, foi executado por uma milícia armada no Centro Experimental da transnacional Syngenta.
O crime aconteceu no acampamento Terra Livre, em Santa Tereza do Oeste (PR), quando o movimento denunciou a realização de experimentos ilegais com sementes de milho transgênico em zona de amortecimento, prática vedada pela Lei de Biossegurança.
Mesmo após a morte de Keno, as ameaças aos agricultores e a soberania alimentar do país continuam.
Mesmo após a morte de Keno, as ameaças aos agricultores e a soberania alimentar do país continuam.
A manutenção do latifúndio, o uso de milícias armadas, a dependência financeira causada pelas sementes transgênicas e o alto uso de agrotóxicos no campo evidenciam um modelo de desenvolvimento monopolista e violento.
Por essas questões, diversas organizações decidiram transformar o dia 21 de outubro em uma data para celebração da luta pela vida e contra os transgênicos, sendo um dia de resistência às violações aos direitos humanos promovidas pelas empresas transnacionais.
Em homenagem a memória de Keno, os trabalhadores do MST realizaram na tarde desta quarta-feira (21) um Missa Ecumênica no acampamento 1º de Agosto, em Cascavel.
Por essas questões, diversas organizações decidiram transformar o dia 21 de outubro em uma data para celebração da luta pela vida e contra os transgênicos, sendo um dia de resistência às violações aos direitos humanos promovidas pelas empresas transnacionais.
Em homenagem a memória de Keno, os trabalhadores do MST realizaram na tarde desta quarta-feira (21) um Missa Ecumênica no acampamento 1º de Agosto, em Cascavel.
Durante a manhã, no Rio Grande do Sul, os movimentos sociais organizaram uma manifestação contra os alimentos transgênicos, com a coleta de assinaturas da população contra a liberação do plantio de transgênicos no Brasil e no mundo.
Também em celebração à causa, será inaugurado no próximo dia 14 de novembro o Monumento em Memória de Valmir Motta de Oliveira – Keno.
Também em celebração à causa, será inaugurado no próximo dia 14 de novembro o Monumento em Memória de Valmir Motta de Oliveira – Keno.
A inauguração irá encerrar os trabalhados do IV Congresso Brasileiro de Agroecologia e II Congresso Latino-Americano de Agroecologia, que acontecerão em Curitiba de 9 a 13 de Novembro.
Transnacionais agravam violência no campo
Detentora de 19% do mercado de agroquímica e terceira empresa com maior lucro na comercialização de sementes no mundo, atrás apenas da Monsanto e da Dupont, a Syngenta, junto a outras transnacionais, agrava o cenário de violência no campo com a imposição de um modelo industrial de agricultura baseado na monocultura, na super exploração do trabalhador, na degradação ambiental, na utilização de agrotóxicos e na apropriação privada de recursos naturais e genéticos.
As empresas transnacionais são um novo elemento para a análise de conflito no campo. Assim como no caso da morte de Keno, é cada vez mais comum a contratação, pelas transnacionais, de empresas de segurança que exercem o papel de milícias armadas e da pistolagem no campo. Embora muitas estejam licenciadas pela Polícia Federal, estas empresas têm servido para encobrir a imagem e a responsabilidade das transnacionais na violação de direitos individuais. Dados do MST afirmam que, desde 2005, foram mortos 18 militantes do movimento e 87 foram presos.
Transnacionais agravam violência no campo
Detentora de 19% do mercado de agroquímica e terceira empresa com maior lucro na comercialização de sementes no mundo, atrás apenas da Monsanto e da Dupont, a Syngenta, junto a outras transnacionais, agrava o cenário de violência no campo com a imposição de um modelo industrial de agricultura baseado na monocultura, na super exploração do trabalhador, na degradação ambiental, na utilização de agrotóxicos e na apropriação privada de recursos naturais e genéticos.
As empresas transnacionais são um novo elemento para a análise de conflito no campo. Assim como no caso da morte de Keno, é cada vez mais comum a contratação, pelas transnacionais, de empresas de segurança que exercem o papel de milícias armadas e da pistolagem no campo. Embora muitas estejam licenciadas pela Polícia Federal, estas empresas têm servido para encobrir a imagem e a responsabilidade das transnacionais na violação de direitos individuais. Dados do MST afirmam que, desde 2005, foram mortos 18 militantes do movimento e 87 foram presos.
Estudo da Secretaria Especial de Direitos Humanos aponta que em todos os estados onde está o MST, existem militantes ameaçados de morte.
Segundo dados da CPT – Comissão Pastoral da Terra – sobre a questão agrária, de janeiro a junho de 2009 foram 12 assassinatos, 44 tentativas de assassinato, 22 ameaças de morte, seis pessoas torturadas e 90 presas em todo o Brasil. Os responsáveis pela morte do Keno ainda não foram punidos. A Syngenta não foi responsabilizada pelo assassinato e, apesar de suas práticas sócio-ambientalmente predatórias, continua exercendo monopólio sobre o setor agrícola brasileiro.
Segundo dados da CPT – Comissão Pastoral da Terra – sobre a questão agrária, de janeiro a junho de 2009 foram 12 assassinatos, 44 tentativas de assassinato, 22 ameaças de morte, seis pessoas torturadas e 90 presas em todo o Brasil. Os responsáveis pela morte do Keno ainda não foram punidos. A Syngenta não foi responsabilizada pelo assassinato e, apesar de suas práticas sócio-ambientalmente predatórias, continua exercendo monopólio sobre o setor agrícola brasileiro.