domingo, 26 de junho de 2011

DESMASCARANDO O AGRONEGÓCIO

Por Alexandre Kenor da Silva, coordenador do Movimento de Conscientização Popular de São José dos Pinhais (PR)




Fotos: Leandro Taques



Os brados da marcha que inaugurou a 10ª Jornada de Agroecologia na tarde de 22 de junho de 2011 não param de ecoar no Brasil e no mundo. O simbólico e estrondoso ato veio para demonstrar que o processo de conscientização popular caminha a passos largos para a melhora da qualidade de vida e o combate à alienação de massas. A calorosa recepção da população de Londrina, cidade paranaense encravada entre grandes glebas de monocultura (soja e cana-de-açúcar), mostram que as pessoas dos grandes centros estão preocupadas com a qualidade dos alimentos que consomem.
Para além dos pilares que sustentam o evento, os grupos de trabalhos, publicizados por meio de oficinas e seminários realizados nas dependências da Universidade Estadual de Londrina (UEL), foram além das expectativas. Demostram que o povo brasileiro chamou para si a responsabilidade de lutar por uma sociedade sadia,
livre dos agrotóxicos, o que certamente causou alguns tremores nos antagonistas do agronegócio.
Seja na negação de utilizar agrotóxicos ou na produção de alimentos orgânicos, o povo camponês vem resistindo e progredindo na busca pelo bem estar social. O produtor consciente dispensa o envenenamento próprio, da sua família e da sociedade, exercendo o seu papel de ator social alheio ao egoísmo e alheio à ganância infundada, preservando assim a própria existência.





Os organizadores do evento comemoram a superação da meta de público participante em alguns milhares, o que deflagra uma nova fase na luta contra a alienação de massas e contra os meios de comunicação detratores da realidade.
A massiva e atuante presença daquele que sem dúvidas é o mais importante movimento social da atualidade, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), deve servir de paradigma para as presentes e futuras gerações. O MST demonstra que o compromisso com a luta por um mundo melhor e mais justo é e sempre será o melhor caminho a seguir, pois os obstáculos impostos pelo sistema capitalista e pela indissociável alienação tornam as vitórias mais gratificantes.
Cada dia de luta passado, fortalece o sentimento de satisfação de cada indivíduo engajado no processo de desmistificação do mundo, pois os desafios vão sendo superados, e com a superação são assumidos outros compromissos, mais árduos, porém mais abrangentes. Quem caminha pelo campus da UEL percebe claramente, pelos resultados, o poderio e a indispensabilidade da articulação social.
Pedras cairão do alto das arruinadas instituições que servem o falido sistema de economia de mercado, porém sem afetar a unidade da resistência camponesa, que segue forte na obtenção da justiça social.

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