Há 50 anos
Eu, olhem que lindinha...rs...(eu me achava horrorosa como toda a adolescente) recebendo o diploma de professora primária das mãos do Diretor Professor Flávio Molleta Maurer .
Euzinha, 50 anos depois, na reunião das normalistas dia 18 de novembro de 2011, realizada em minha casa.
A tatuagem no braço é permanente. (para o desgosto dos meus filhos tenho umas 11 tatuagens) Esta, por sinal representa o Fênix, a ave que renasce das cinzas e que considero meu símbolo...
...Dia 18 de novembro de 2011 houve uma divertida reunião em minha casa para preparação do evento comemorativo do cinquentenário de nossa formatura que será realizado dia 10 de dezembro, sábado (amanhã) em um restaurante da cidade.
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Uma parte do grupo das "joviais normalistas" cinqüentenárias, na festa em minha casa. Eu estou no canto esquerdo, fingindo que estou fumando um cabo de faca branca...rs... Foi mesmo uma festa!!! ..
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Confesso que levei um grande susto quando soube que as minhas antigas companheiras da Escola Normal estavam organizando a comemoração dos 50 anos de nossa formatura de professoras primárias do Instituto de Educação do Paraná.
Elas estavam se encontrando em uma casa de lanches e eu não pude comparecer aos dois encontros anteriores por que estava sem condições físicas.
No terceiro convite, sugeri que a reunião fosse em minha casa, elas aceitaram, vieram e me fizeram muito bem com seu vigor, alegria e descontração.
Quando minha mãe, professora, fez 50 anos de formada eu tive que levá-la à festa de comemoração. Eram umas senhoras tão bem comportadas, antiguinhas, dependentes.
Já não se fazem "velhinhas" como antigamente!!
As minhas queridas amigas, muitas das quais eu não via há 50 anos vieram dirigindo, estacionaram seus carros em minha rua como, segundo minha filha, a rua fosse delas...rs...( eu também estaciono mal...rs...).
Mas neste dia, rua ERA delas!!
A Marília Passos que toca violão e conta piadas como ninguém não pode vir, porque estaria, tocando e cantando violão em um casamento.
Aos poucos fomos nos reconhecendo e relembrando histórias divertidas da época, juro que eu não lembrava das minhas "aprontações" contadas por elas...rs...
Nenhuma delas falou da vida pessoal. Soube que umas se divorciaram, outras ficaram viúvas e outras, como eu, permaneceram casadas.
Não falamos em noras, netos, acho que esta fase foi superada...rs...
Parecíamos as adolescentes de saia azul-marinho, blusa branca e gravata com um I.E. bordado. Meias brancas e sapatos pretos. Usávamos rabo de cavalo e éramos, pensando nos dias de hoje, muito inocentes.
Namorávamos, íamos assistir filmes no meio da semana, adorávamos a nossa professora, a poeta, Helena Kolody. Tínhamos ídolos na música e no cinema, como as jovens desta idade continuam tendo.A televisão estava apenas começando a sua carreira interminável.
Minhas normalistas continuam ótimas! penso que a maioria está aposentada.
Uma grande parte continuou estudando: Direito (eu e a Rocio), Medicina ( a Tami), Pedagogia e outras áreas relacionadas ao ensino.
Há muito não me sentia tão jovem e animada!!
Eu me senti participando de um milagre!!
Beijo,
Nédier
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