segunda-feira, 19 de abril de 2010

Eldorado de Carajás - 14 anos

17 de abril
"O Massacre é considerado o maior caso contemporâneo de violência no campo, tanto que esta data passou a ser lembrada como o Dia Mundial de Luta pela Reforma Agrária."
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O que é justiça?
É punir apenas aqueles que apertaram o gatilho ou inclui os que, através de sua ação ou inação, também garantiram que uma tragédia acontecesse?
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Foto:Militante do MST faz ato de protesto contra a impunidade dos responsáveis pelas mortes dos 19 trabalhadores, em frente ao Supremo Tribunal Federal, na data em que se lembrou 10 anos

Eldorado dos Carajás:
chacinas são um bom negócio no Brasil

Leonardo Sakamoto


O Massacre de Eldorado dos Carajás, no Sul do Pará, que matou 19 sem-terra e deixou mais de 60 feridos após uma ação violenta da Polícia Militar para desbloquear a rodovia PA-150, completa 14 anos hoje.
A estrada estava ocupada por uma marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra que se dirigia à Marabá a fim de exigir a desapropriação de uma fazenda, área improdutiva que hoje abriga o assentamento 17 de Abril. A Polícia recebeu ordens de retirá-los e deu no que deu.
O Massacre é considerado o maior caso contemporâneo de violência no campo, tanto que esta data passou a ser lembrada como o Dia Mundial de Luta pela Reforma Agrária.

O coronel Mário Colares Pantoja, um dos condenados, durante julgamento



A sem-terra Andreina Araújo, com o filho no colo, chora a morte do marido à beira de sepultura no cemitério de Curionópolis (PA), na época do massacre


Desde então, a realidade pouco mudou na região. O Pará, sob forte influência de proprietários rurais e de mineradoras, é o estado com maior número de casos comprovados de trabalho escravo e um dos lideres no desmatamento ilegal. É também campeão no número de assassinatos de trabalhadores rurais em conflitos agrários e de lideranças sociais e religiosas que, marcadas para morrer, já têm uma bala batizada com seu nome. Isso sem contar o descaso com a infância, que toma forma de meninas nos bordéis e de meninos em serviços insalubres no campo. Garotas com idade de “vaca velha”, como dizem garimpeiros e peões, ou seja, com 10, 12 anos, trocam a sua alegria pela dos clientes.

O que é justiça?

É punir apenas aqueles que apertaram o gatilho ou inclui os que, através de sua ação ou inação, também garantiram que uma tragédia acontecesse?
Em 1992, 111 detentos foram mortos na já desativada Penitenciária do Carandiru após uma ação bizarra da Polícia Militar. Mais de 153 pessoas ficaram feridas, das quais 23 policiais.
O falecido Coronel Ubiratan Guimarães, que coordenou a invasão/banho de sangue para conter a rebelião, foi eleito posteriormente deputado estadual, tripudiando a memória dos mortos – candidatava-se com o número 14.111. Luiz Antônio Fleury Filho, governador na época do massacre, aprovou a conduta da polícia. Hoje é deputado federal.
E por aí vai:

- Quem foi responsável pela Chacina da Castelinho, quando um comboio de supostos criminosos foi parado próximo a um pedágio na rodovia Castelinho, em Sorocaba (SP), e 12 pessoas executadas em 2002?
- E pelo Massacre de Corumbiara (RR), no qual 200 policiais realizaram uma ação armada para retirar cerca de 500 posseiros que ocupavam uma fazenda no município, resultando na morte de dois PMs e nove camponeses, entre eles uma menina de 7 anos em 1995?
- Ou ainda Vigário Geral, em que 50 policiais militares, que estavam fora de seu horário de serviço, entraram atirando na favela e mataram 21 inocentes em 1993 como uma “prestação de contas”?
No caso de Eldorados dos Carajás, as autoridades políticas na época, o governador Almir Gabriel e o secretário de Segurança Pública, Paulo Câmara, não foram nem indiciados.
Todos esses massacres e chacinas têm em comum o fato de vitimarem pessoas excluídas socialmente: camponeses, trabalhadores rurais, pobres da periferia, presos. Enquanto isso, o envolvimento de policiais militares tem sido uma constante. Se, hoje, massacres como os de 10, 20 anos atrás são mais raros, o mesmo não se pode dizer da violência policial. Comportamento que, muitas vezes, é aplaudido pela classe média, pois isso lhes garante o sono diante das hordas bárbaras. Muitas chacinas passaram a ocorrer em conta-gotas, no varejo, de forma silenciosa que não chame a atenção da mídia daí e aqui de fora.
O Poder Judiciário tem sua grande parcela de responsabilidade no clima de impunidade que alimenta a violência. A Justiça, que normalmente é ágil em conceder liminares de reintegração de posse e determinar despejos no caso de ocupações na cidade, é lenta para julgar e punir assassinatos e outras formas de violência contra trabalhadores.
Para que direitos humanos sejam efetivamente respeitados no país são necessárias mudanças reais, pois há impunidade também quando o governo não atua para acabar com a situação de desigualdade ou exploração que estava na origem do conflito. Seja ao permitir que garimpeiros continuem a explorar reservas indígenas, seja ao tolerar que crianças durmam na rua ou trabalhadores precisem perder a vida na luta pela reforma agrária.
Há uma relação carnal que se estabelece entre o patrimônio público e a propriedade privada não só na Amazônia, mas em outras partes do país. Muito similar ao que se enraizou com o coronelismo nordestino da Primeira República, o detentor da terra exerce o poder político, através de influência econômica e da coerção física. O já tênue limite entre as duas esferas se rompe. É freqüente, por exemplo, encontrar policiais que fazem bicos como jagunços de fazendas.

O Massacre de Eldorado dos Carajás é um dos tristes episódios brasileiros em que o Estado usou de sua força contra os trabalhadores e a favor dos grandes proprietários de terra.
E, ao final, quem estava no topo da cadeia de responsabilidade pode continuar indo para sua casa tomar um uísque e coçar a barriga. Pois sabe que sua contribuição de violência é apenas mais uma, entre outras tantas que povoam a mídia ou, pior, passam despercebidos dela e da opinião pública.


Especial para o UOL Notícias

quarta-feira, 14 de abril de 2010

PARA ONDE FORAM OS NEGROS?

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anuncio escravo fugido
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escravo punido - Jean Baptiste Debret
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13 DE MAIO - PARA ONDE FORAM OS NEGROS?
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Geraldo Serathiuk*
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Nos anos de 1980 fui assistir com minha esposa o filme cubano “A última ceia”, dirigido por Tomas Gutierrez Alea. Trata-se de uma obra que pode ser vista como um libelo contra a servidão dos negros naquele país e em todos os outros, simbolizando o bem inestimável que é a liberdade como expoente da dignidade humana. O filme mostra Cuba, nos finais do século XVIII. Uma plantação de açúcar e o respectivo engenho de refinação são explorados por um conde, tendo por mão-de-obra escravos negros. Na quinta-feira santa o conde convida doze dos seus escravos para cear consigo. Ao final tinha como costume libertar alguns escravos. Quando então um escravo libertado ia saindo e volta-se, olha, como perguntanto ao conde, seu senhor: “para onde vou”? No dia seguinte, tendo reencontrado o sentido da dignidade humana, os escravos revoltam-se.
Aquela imagem com aquele negro perguntando “para onde vou” povoa a minha mente até os dias de hoje. Afinal cada um daqueles negros libertados, como todos os outros no Brasil e em outros países após a abolição da escravatura, se perguntaram: para onde vou?
A transformação da economia baseada nas plantações com trabalho escravo em uma economia industrial-urbana atrelada às políticas migratórias marcou o destino dessas populações no mundo. Os migrantes europeus inseriram-se na nova estrutura de classes, e a população negra liberta foi deslocada. As trajetórias de vida variaram ao longo dos séculos; muitos deles ganharam a liberdade, alguns como alforriados, outros por meio da resistência, como a fuga e a reorganização em quilombos.
Libertados e longe de sua terra natal foram submetidos a uma diáspora, que por enfrentar todo tipo de discriminação racial e religiosa traduziu-se em desigualdades sociais.
Passaram-se décadas desde essa integração forçada e os indicadores sobre a população negra ainda contrastam com os índices da população branca. Salário, educação, saúde e saneamento traduzem em cifras essa desigualdade ancorada na discriminação. Esses preconceitos refletem-se em uma participação desigual nos postos de trabalho, em menores salários e na exploração trabalhista.
Diversas análises de dados censitários revelam que a população negra ganha salários inferiores aos da população branca, seus índices de escolaridade são mais baixos e são poucos os que completam os estudos superiores. As populações negras habitam a região rural ou a periferia das grandes cidades. A falta de condições de higiene, assim como a falta de água potável e de tratamento de esgoto, se reflete nos maiores índices de mortalidade infantil. A desigualdade se expressa na distribuição de renda.
Em relação ao mundo do trabalho, os dados mostram que os negros ingressam mais cedo no mercado. Além disso, ocupam postos de trabalho de pior qualidade (limpeza, vigilância, carregadores e nas piores atividades manuais na escala da divisão do trabalho) e, em geral na informalidade e no trabalho escravo, recebem remunerações inferiores pelos mesmos trabalhos e apresentam, ao longo das diferentes faixas etárias, índices de desemprego progressivamente maiores, hoje atingindo aproximadamente 25%, entre os pobres e jovens, em sua grande maioria negra.
E os negros continuam na África e em qualquer país do mundo enfrentando taxas de desemprego maiores, inseridos em postos de trabalho de pior qualidade e, finalmente recebendo os mais baixos salários na divisão internacional do trabalho.
É por isso que quando vemos coletivas policiais mostrando aprisionamentos, as imagens reproduzidas são na sua grande maioria de negros. É por isso que quando vemos imagens internas de presídios, estas são na grande maioria de negros. É por isso que quando vemos reportagens de tragédias urbanas de deslizamento de morros e alagamentos, as imagens exibidas são na sua grande maioria de negros. É por isso que quando vemos notícias de desalojamento de invasões de terras no campo ou na cidade, as imagens são na sua grande maioria de negros. É por isso que quando vemos matéria nas filas do desemprego, na busca de assistência, nas filas dos restaurantes populares, nas imagens vemos na sua grande maioria de negros.
Desculpem-me os otimistas, que vêem o mundo florido. Digo que a luta dos negros permitiu a conquista de direitos civis, sociais e educacionais nos EUA, aqui e no mundo. Nos EUA desde os anos 60, há 50 anos, mas quando vemos imagens das tragédias, os negros continuam sendo o retrato da tragédia e dos presidiários, o que significa que os efeitos dos direitos conquistados há 50 anos, não produziram os resultados desejados ainda. E aqui engatinhamos, e mesmo assim as elites que cresceram mamando e sugando os recursos públicos gritam contra os direitos civis, sociais e educacionais conquistados com tantos sacrifícios e lutas.
Ano passado minha esposa me enviou o vídeo de uma música para eu escutar e assistir, e me emocionei reenviando a todos meus amigos. Para aqueles que foram incluídos no mundo digital sugiro clicar ou digitar no site de busca:
Stand By Me Playing For Change Song Around the World, como homenagem a tudo o que os negros fizeram pela cultura e para a construção das riquezas no mundo, a que pouco tem acesso.
Emocionei-me, pois nos traz vontade, nos liga profundamente e transmite um desejo para continuarmos lutando pela reparação deste crime contra os negros, que tanto envergonha a humanidade. E respondendo a pergunta: “para onde vou”? Diria para vocês também respondendo ao refrão da música STAND BY ME, que sempre iremos juntos lutando contra as injustiças até o fim dos nossas vidas.

Dedico este artigo ao Seu Jordão, meu vizinho na adolescência em Campo Mourão, negro, pai de santo, que também foi meu pai. A Tia Zefa, negra, com quem morei na CEU, junto com o governador Orlando Pessuti, que foi nossa mãe e avó e e ao meu amigo Hasiel Pereira.
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* Geraldo Serathiuk, advogado, especializado em direito tributário pelo IBEJ/Pr e com MBA em Marketing pela UFPR. gserathiuk@yahoo.com.br
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Fotos: http://imagenshistoricas.blogspot.com/2009/08/escravos.html

sábado, 10 de abril de 2010

O nosso Ivo Rogrigues

“Ivo deixa um vácuo gigantesco nas esquinas frias curitibanas.”

O maior e mais importante vocalista curitibano de todos os tempos Ivo Rodrigues Jr., vocalista da banda Blindagem, foi sepultado por volta das 17h50 horas desta sexta-feira (9) no Cemitério Municipal de Curitiba. O corpo foi velado no saguão do Teatro Guaíra.


O músico, de 61 anos, nasceu no dia 28 de fevereiro e morreu na noite de quinta-feira (8) no Hospital de Clínicas, vítima de uma parada cardiorrespiratória decorrente de complicações em função de um câncer.
O músico assumiu o vocal da banda Blindagem em 1969, uma das mais tradicionais do Paraná.
Além de se manter por três décadas nos microfones da banda, o vocalista também se notabilizou por manter sólida parceria com o poeta curitibano Paulo Leminski.

Como diz a própria biografia oficial da banda, o Blindagem pode ser considerado como a cara paranaense do rock. Fundada no final dos anos 70, tornou-se a banda mais conhecida do Paraná ao longo dos anos.
Além de cantar Ivo tocava guitarra, violão e harmônica e Ivo era casado com Suka Rodrigues há pouco mais de um ano, porém os dois viviam juntos a quase 30 anos. Eles tiveram dois filhos. Angela Rodrigues, que é DJ e Ivan Rodrigues, que é baterista das bandas Mordida e Magaivers.
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programa do Ratinho:
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Parceria com Paulo Leminski

Oração de um Suicida
Blindagem
Pedro Leminski - Paulo Leminski
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Vejo nos teus olhos tão profundo
as durezas que este mundo
te deu pra carregar
vejo também, que sentes que tem
amor, para dar
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Perdi-me na vida
achei-me nos sonhos
a vida que levo
não é a que quero,
não quero mais nada
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Quando a terra se acabar
você vai chorar não adianta mais
vendo esta terra não compensa
rezando na presença
de um gigante cogumelo
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Teu retrato é poeira
luminosa, nebulosa
brilha tanto e ninguém vê
era um mundo tão bonito
caprichado de milagres
Deus gostava de florir

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ausência


Meus amigos,
- Se um destes ausentes fosse seu pai, mãe, filho, irmão, amigo...?
- Se estivesse desaparecido há muito tempo, vocês olhariam estas fotos de que forma?
- Com saudade, revolta, querendo saber os seus destinos , desejo de Justiça ...
ou indiferença?
Nédier

AUSENCIA
Ausencias es un proyecto expositivo que partiendo de material fotográfico de álbumes familiares muestra diecisiete casos a través de los cuales se pone rostro al universo de los que ya no están: trabajadores, militantes barriales, estudiantes, obreros, profesionales, familias enteras; ellas y ellos víctimas del plan sistemático de represión ilegal y desaparición forzada de personas, instaurado por la dictadura militar argentina, entre 1976 y 1983.

EXCELENTE TRABAJO DEL FOTÓGRAFO GUSTAVO GERMANO,

Juntas. La típica foto de los años 70 con las chicas en el barrio.

Sola. La sobreviviente junto a lo que ahora es una pura ausencia.

Cuatro hermanos. Gustavo,Guillermo, Diego y Eduardo Germano.


Grupo de amigos en 1971. Hoy faltan dos.

Raul y su hemano Manuel con sus novias en 1973.

Laura con sus padres en 1976.

Laura





Ni olvido ni perdon...Son imágenes de desaparecidos y sobrevivientes en un mismo lugar, con 30 años de diferencia.
"Partí de una necesidad expresiva personal de ponerle presencia a la ausencia, pero al mismo tiempo de buscar aportar a la memoria", señaló Germano, fotógrafo radicado en España, cuyo hermano Eduardo fue secuestrado a los 18 años, en 1976. "

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pedro Alcântara de Souza - Quantos mais???

Meus amigos,
Este crime ocorreu dia 31 de março, passado.
Eu me pergunto quantos ainda irão morrer lutando "pela igualdade social, por um país mais justo e pela efetiva Reforma Agrária"??
Segundo a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil, conforme manifesto abaixo, compreende-se “o crime como perseguição ao movimento sindical rural que trabalha em oposição ao modelo de política agrária vigente, concentrador de terras, que favorece os latifundiários e a produção extensiva de monocultura.”
Pedro Alcântara de Souza, assassinado quando andava de bicicleta com a mulher.
Deixou três filhos.
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Vejam e ouçam o Funeral de um lavrador - Chico Buarque
e percebam o quanto é antigo e permanente o conflito referentes à luta no campo por um Brasil mais justo.
Nédier
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"Um dirigente sindical que defendia projetos de distribuição de terras para camponeses na Amazônia foi assassinado a tiros na noite da quarta-feira, informa a Polícia Civil do Pará."
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"Não deixemos nos enganar pela manipulação demagógica que os muitos candidatos ruralistas promoverão durante a campanha eleitoral. Não nos iludamos com aqueles que posarão de santos supostamente em defesa dos seus estados. Vamos, em vez de dobrar seu poder, expulsá-los de Brasília e das assembleias legislativas e palácios de governo de cada uma das unidades da federação. Isso abrirá o caminho para um país mais justo e respeitoso para com o meio ambiente, os animais e as pessoas que querem apenas um pedaço de terra para plantar e viver com dignidade."

Por Robson Fernando para o Acerto de Contas
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Estadão:Cumulo do colonialismo da midia burguesa brasileira.

"Dia 31 de março foi assassinado com cinco tiros, por pistoleiros a mando dos ruralistas da região sul do Pará, o sindicalista e dirigtente da Federação da agricultura familiar- FETRAF, Pedro De Souza.
A noticia repercutiu parcialmente nas televisões. E nos jornais da região.
Já o jornal Estado de Sao paulo, ficou quieto. Calado, desconheceu o fato. Afinal seus amigos ruralistas haviam cometido mais um crime. Imaginem se o fato tivesse sido o assassinato de algum dirigente dos ruralistas?
Mas no domingo, dia 4 de abril, cinco dias apos o Fato, o jornal teve que noticiar. E noticiou como? Vide abaixo: noticiou que o jornal New York times havia noticiado...
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Líder sem-terra é assassinado no Pará

QUESTÃO AGRÁRIA
04 de abril de 2010 0h 00,
- O Estado de S.Paulo

A policia Civil do Pará informou que Pedro Alcântara de Souza, coordenador de políticas agrárias da Federação de Trabalhadores na Agricultura Familiar, foi morto a tiros na noite da última quarta-feira. O assassinato repercutiu no jornal The New York Times, que em reportagem da Associated Press relembrou o caso da missionária Dorothy Stang. "
(s.geral)
Fernando Alcântara de Souza
- QUANTOS MAIS???

"A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (FETRAF-BRASIL/CUT), vem por meio deste expressar seu pesar e indignação pelo assassinato de Pedro Alcântara, coordenador da FETRAF-PARÁ, pela brutalidade com que o companheiro foi morto na última quarta-feira (31).
O crime compõe a série de atentados que aqueles que lutam contra desigualdade social, por um País mais justo e por efetiva Reforma Agrária ,têm sofrido ao longo dos anos.
Coordenador da secretaria de Reforma Agrária, Pedro era liderança nas lutas pelas questões da terra.
Esta Federação compreende o crime como perseguição ao movimento sindical rural que trabalha em oposição ao modelo de política agrária vigente, concentrador de terras, que favorece os latifundiários e a produção extensiva de monocultura.
A forma a qual o companheiro foi violentamente assassinado nos motiva ainda mais a dar continuidade à luta pela realização da Reforma Agrária, pela desconcentração de terras, para garantir vida digna aos trabalhadores do campo.
Exigimos investigações apuradas para que este crime, que atentou contra toda a organização e sociedade civil, não fique impune uma vez que as perseguições aos que lutam pelos direitos dos trabalhadores se faz presente em toda a história do sindicalismo.
Prestamos nossa solidariedade aos familiares de Pedro Alcântara.
Elisângela Araújo
Coordenadora GERAL FETRAF-BRASIL/CUT "

sábado, 3 de abril de 2010

Páscoa é passagem


Páscoa, do hebraico pessach, significa passagem.
Os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
Passagem da escravidão para a liberdade.
Um judeu chamado Jesus Cristo, há mais de dois mil anos, foi crucificado e morto por trazer uma nova mensagem "Ame teu próximo" que contrariava os ricos, os donos do Poder naquela época, dando assim início a uma nova era, dita cristã.
Os cristãos comemoram na Páscoa - sua festa mais importante - a passagem de Cristo da morte para a Vida, pois no terceiro dia depois da crucificação e morte, ele ressuscitou.

É isso. Nem sei como tudo se transformou em coelhinhos e ovos de chocolate.

Judeus e cristãos comemoram a Páscoa com diferentes rituais.
Para mim ambos guardam o sentido de passagem: da escravidão para a liberdade, da morte para a Vida.
Eu prometi pra mim mesma que não ia escrever sobre a Páscoa, mas motivos especiais me fizeram refletir sobre passagens para a liberdade e para a vida, depois de um longo período de sofrimento. São metáforas da vida que levamos.
Nédier

“Ama teu próximo como a ti mesmo. Reparte com ele teu pão. Convida-o para tua mesa. Ajuda-o a atravessar o deserto de sua existência.” (Moacyr Scliar)"

"Essa é a essência da Páscoa, seja para judeus, cristãos e até mesmo, para bons ateus!"


-Recebi esta mensagem de Valéria da Silveira Muller e achei perfeita.

Foto: 1000Imagens

http://www.1000imagens.com/