segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pedro Alcântara de Souza - Quantos mais???

Meus amigos,
Este crime ocorreu dia 31 de março, passado.
Eu me pergunto quantos ainda irão morrer lutando "pela igualdade social, por um país mais justo e pela efetiva Reforma Agrária"??
Segundo a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil, conforme manifesto abaixo, compreende-se “o crime como perseguição ao movimento sindical rural que trabalha em oposição ao modelo de política agrária vigente, concentrador de terras, que favorece os latifundiários e a produção extensiva de monocultura.”
Pedro Alcântara de Souza, assassinado quando andava de bicicleta com a mulher.
Deixou três filhos.
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Vejam e ouçam o Funeral de um lavrador - Chico Buarque
e percebam o quanto é antigo e permanente o conflito referentes à luta no campo por um Brasil mais justo.
Nédier
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"Um dirigente sindical que defendia projetos de distribuição de terras para camponeses na Amazônia foi assassinado a tiros na noite da quarta-feira, informa a Polícia Civil do Pará."
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"Não deixemos nos enganar pela manipulação demagógica que os muitos candidatos ruralistas promoverão durante a campanha eleitoral. Não nos iludamos com aqueles que posarão de santos supostamente em defesa dos seus estados. Vamos, em vez de dobrar seu poder, expulsá-los de Brasília e das assembleias legislativas e palácios de governo de cada uma das unidades da federação. Isso abrirá o caminho para um país mais justo e respeitoso para com o meio ambiente, os animais e as pessoas que querem apenas um pedaço de terra para plantar e viver com dignidade."

Por Robson Fernando para o Acerto de Contas
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Estadão:Cumulo do colonialismo da midia burguesa brasileira.

"Dia 31 de março foi assassinado com cinco tiros, por pistoleiros a mando dos ruralistas da região sul do Pará, o sindicalista e dirigtente da Federação da agricultura familiar- FETRAF, Pedro De Souza.
A noticia repercutiu parcialmente nas televisões. E nos jornais da região.
Já o jornal Estado de Sao paulo, ficou quieto. Calado, desconheceu o fato. Afinal seus amigos ruralistas haviam cometido mais um crime. Imaginem se o fato tivesse sido o assassinato de algum dirigente dos ruralistas?
Mas no domingo, dia 4 de abril, cinco dias apos o Fato, o jornal teve que noticiar. E noticiou como? Vide abaixo: noticiou que o jornal New York times havia noticiado...
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Líder sem-terra é assassinado no Pará

QUESTÃO AGRÁRIA
04 de abril de 2010 0h 00,
- O Estado de S.Paulo

A policia Civil do Pará informou que Pedro Alcântara de Souza, coordenador de políticas agrárias da Federação de Trabalhadores na Agricultura Familiar, foi morto a tiros na noite da última quarta-feira. O assassinato repercutiu no jornal The New York Times, que em reportagem da Associated Press relembrou o caso da missionária Dorothy Stang. "
(s.geral)
Fernando Alcântara de Souza
- QUANTOS MAIS???

"A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (FETRAF-BRASIL/CUT), vem por meio deste expressar seu pesar e indignação pelo assassinato de Pedro Alcântara, coordenador da FETRAF-PARÁ, pela brutalidade com que o companheiro foi morto na última quarta-feira (31).
O crime compõe a série de atentados que aqueles que lutam contra desigualdade social, por um País mais justo e por efetiva Reforma Agrária ,têm sofrido ao longo dos anos.
Coordenador da secretaria de Reforma Agrária, Pedro era liderança nas lutas pelas questões da terra.
Esta Federação compreende o crime como perseguição ao movimento sindical rural que trabalha em oposição ao modelo de política agrária vigente, concentrador de terras, que favorece os latifundiários e a produção extensiva de monocultura.
A forma a qual o companheiro foi violentamente assassinado nos motiva ainda mais a dar continuidade à luta pela realização da Reforma Agrária, pela desconcentração de terras, para garantir vida digna aos trabalhadores do campo.
Exigimos investigações apuradas para que este crime, que atentou contra toda a organização e sociedade civil, não fique impune uma vez que as perseguições aos que lutam pelos direitos dos trabalhadores se faz presente em toda a história do sindicalismo.
Prestamos nossa solidariedade aos familiares de Pedro Alcântara.
Elisângela Araújo
Coordenadora GERAL FETRAF-BRASIL/CUT "