quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

- Ou você prefere que eu seja puta?







Putas ou prostitutas são mulheres que usam seu corpo para ganhar sua vida. Trabalham muito para sobreviver e até para sustentar suas famílias e há quem as chamem de mulheres de vida fácil.
Trabalhei no Ministério do Trabalho como auditora fiscal do Trabalho fiscalizando casas noturnas onde tive um contato direto com estas profissionais do sexo.
A maioria delas não teve outra opção. Pobres, filhas de mães solteiras ou pais separados. Uma grande parte delas foi abusada sexualmente quando criança ou tocada de casa por um pai autoritário e violento. São atiradas aos grandes centros atraídas com falsas perspectivas de uma vida melhor. Elas só têm a oferecer um resto de infância e juventude para este tipo de trabalho.

Depois destes comentários rasos, volto a escrever sobre neuroses as quais pesquiso com ajuda de uma amiga psicanalista. Neuróticos compulsivos por compras, jogos, ciúmes, etc.
Um psicólogo que citei num texto anterior sobre neuroses escreveu que: quem casa ou vive com este tipo de pessoa compra uma passagem para infelicidade. Adverte também que o companheiro do ciumento compulsivo não é vítima, mas um dependente desta neurose para se sentir amado, importante, poderoso e se engana com esta ilusão. O ciumento compulsivo não ama, a não ser a si mesmo e considera o companheiro um objeto de sua propriedade.
O que motivou esta escrita foi a história de um homem que eu respeitava até então. Durante alguns anos ouvi suas queixas sobre a repressão que sofre por parte de uma mulher anti-social que o mantém sob controle absoluto. De acordo com ele, só sai para o trabalho onde também é controlado por telefonemas.
Para aceitar esta situação durante anos deve se sentir amado por esta mulher, quando na verdade é um dependente de uma neurótica que deveria ser tratada por um terapeuta.






Conheci mulheres cujos maridos não as deixam viver a ponto de prendê-las em casa com cadeado.
Para fazer um paralelo com a história da ciumenta possessiva, imaginem esta mulher subjugada pelo marido ouvir e aceitar o argumento que o marido usa para subjugá-la.
- Quando você me conheceu eu já era assim, ou você preferia que eu usasse drogas?
Este argumento é tão ridículo que provocaria riso se não fosse triste. O fato dele não ser drogado lhe dá a permissão de tratar a mulher como se ela fosse um objeto?!!
Os jornais trazem diariamente notícias de vítimas fatais desta neurose.






O homem que conheci e respeitava se dizia vítima de uma ciumenta compulsiva. Não saem de casa, a mulher não tem amigos, é agressiva e mal-educada (não tem condições de educar seus filhos).
Sugeri que ele procurasse um terapeuta para tratá-la e ele se apavorou só em pensar na reação que ela teria. Hoje penso que talvez este pavor é que ela sare.
Há semanas ele me confessou que teve uma conversa séria com a mulher e ficou convencido com o argumento que ela usou:
- Desde que você me conheceu há 10 ou 15 anos atrás eu já era assim ou VOCÊ PREFERIA QUE EU FOSSE PUTA?
Esta pergunta maluca é que motivou eu escrever sobre as prostituta no início.
Não há o que comentar. Eu fiquei muda. Vi-o, pela primeira vez, como um dependente da neurose da mulher (que Deus os conserve juntos e infelizes para sempre).
Não há como respeitar ou manter qualquer tipo de vínculo com um homem sem auto-estima, sem amor próprio que depende da loucura da mulher para se sentir lindo, importante, gostoso e sei lá mais o quê.






É uma pena!!