sábado, 15 de dezembro de 2007

"A vida é o minuto" Oscar Niemayer, 100 anos

MON - Museu Oscar Niemayer
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem, o que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, nas nuvens do céu, no corpo da mulher perfeita.”

“A vida é o minuto”
Oscar Niemeyer, 100 anos.


Meus amigos,
Quero homenagear Oscar Niemayer neste dia em que ele completa 100 anos.
Como a imprensa nacional e internacional já escreveu praticamente tudo sobre este, que é considerado o maior e mais criativo arquiteto de todos os tempos, vou homenageá-lo escrevendo sobre um dos seus mais belos projetos: o MON - Museu Oscar Niemeyer.
Tenho a sorte de morar a poucas quadras dele.
Esta obra grandiosa além de fazer parte do meu dia a dia, faz também parte de minha vida, pois foi construída em frente à casa dos meus avós paternos, imigrantes italianos que lá se instalaram no começo do século passado.
Nesta casa eu passei parte de minha infância e de minha juventude.
O seu telhado é ainda visível atrás de um bar que foi construído em sua frente.
Ainda moram nesta velha casa, uma pequena parte de minha família, embora todos os meus tios já não estejam mais conosco.
Acompanhei, passo a passo, a construção deste museu.
Estive presente em sua inauguração onde conheci, pessoalmente, O Arquiteto.
Nédier

A história do Museu Oscar Niemeyer teve início em 2002, quando o prédio principal deixou de ser sede de secretarias de Estado para se transformar em museu.
O prédio, antes chamado de Edifício Presidente Humberto Castelo Branco, passou por adaptações e ganhou um anexo, popularmente chamado de Olho. Ambos os projetos são de autoria de Oscar Niemeyer.
Inicialmente batizado de Novo museu, em 22 de novembro de 2002, o complexo foi inaugurado.
Dedicado à exposição de Artes Visuais, Arquitetura e Design, atualmente, o Museu possui 17.744,64 mil metros quadrados de área expositiva potencial.
O acervo inicial surgiu com as obras do Museu de Arte do Paraná (MAP) e com o acervo do extinto Banco do Estado do Paraná (Banestado).
Em sua coleção figuram importantes artistas paranaenses e nacionais de vários movimentos.
Composto por aproximadamente 2 mil peças, o acervo guarda obras dos paranaenses Alfredo Andersen, Theodoro De Bona, Miguel Bakun, Guido Viaro e Helena Wong, além de Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Ianelli e Caribé, entre outros.
Maristela Requião, minha amiga, há longa data, é a atual presidente do museu, o qual os curitibanos chamam, carinhosamente de “O Olho”.
É formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e foi indicada para assumir a presidência do complexo.

Além de ter convivido e conquistado a amizade de importantes artistas paranaenses da velha guarda, foi ela quem incentivou a criação do Museu Metropolitano de Arte (Muma). Na época, entre 1985 e 1989, o governador Roberto Requião era prefeito de Curitiba e tinha na presidência da Fundação Cultural, Carlos Frederico Marés de Souza, que apoiou o projeto.

Reunindo as qualificações necessárias ao cargo, Maristela Requião foi empossada presidente do Museu Oscar Niemeyer, no dia 4 de junho de 2003, conforme ata da Assembléia de Constituição da Sociedade dos Amigos do MON.

A Sociedade, também sob a presidência dela, é composta pelos conselhos Administrativo, Fiscal e pelas diversas diretorias.

À frente da presidência, coube a Maristela Requião dar efetivamente a alma e a rotina de um museu.
Uma programação de alto nível foi implantada.
A estratégia colocou o Museu Oscar Niemeyer no roteiro das grandes exposições, antes restrito ao eixo Rio-São Paulo, e consolidou o complexo como uma referência nacional e internacional. Ao mesmo tempo em que foram promovidas ampliações na estrutura física e museográfica.

Atualmente, estão em andamento os trabalhos para a instalação do Laboratório de Conservação e Restauro. Enquanto que o acervo, gradativamente, está sendo ampliado com novas aquisições.
Obras dos artistas plásticos brasileiros Amélia Toledo, Emanoel Araújo, Francisco Brennand, José Rufino, Nelson Leirner e de Tomie Ohtake estão entre as peças adquiridas em doação.